quarta-feira, 3 de junho de 2009

Sombras


Entre os galhos quietos,
apenas consigo lembrar-me
das sombras onde espalhámos os dias.

A gasta nora perdeu o sentido da sua rotação.
Deixou de se sentir o ruído da água a correr,
dos brados do homem,
dos clamores da terra,
dos passos do burrico ao bater os cascos pelo chão.

É como a árvore abandonada
entre as mãos do tempo,
uma lágrima solta no vento.



Texto: Victor Gil
Fotografia: Pedro Gil

24 comentários:

nydia bonetti disse...

Victor

É sempre tempo de espalhar os dias. Somos nós que insistimos em viver como árvores abandonadas.
Quando começo a me sentir assim, me lembro dos passarinhos, das borboletas, da brisa, do sol...

Um beijo, amigo.

Vicky Cateura disse...

Triste para escrever o poema desconhecido amigo.
Deixe as lágrimas caem sobre a terra, e que reverdezcan árvores abanadonados, nascido novos rios da vida, e nós vento sussurrar belas melodias.
Beijos
PD:Peço desculpas pela minha ignorância da sua língua

Unknown disse...

Tempo de lágrimas. Não há gritos, nem clamores. Estamos ouvindo o som da angustia.
Bjs

Mª Angeles B. disse...

Bonito poema con una buena foto, triste y llena de añoranzas.
saludos.

Unknown disse...

Nada a acrescentar
Lindo...

:.tossan® disse...

Forte...real...
À espreita, sem chão
Foto bela e poema triste e belo, reflexos de uma vida. Abraço

CANTACLARO disse...

Víctor,

"...abandonado entre las manos del tiempo una lágrima cae en el viento."

Así las sombras que se mueven por todos los rincones de nuestro diario vivir.

Besitos,

Ana Lucía

.

Maria Clara disse...

""Eu sou a que no mundo anda perdida, Eu sou aque na vida não tem norte, Sou a irmã do sonho, e desta sorte
Sou a crucificada...a dolorida""

Sei que gosta.
Voltarei com tempo.
wwwtertempo.blogspot.com
MARIA

Dalinha Catunda disse...

Olá Victor,
Muito bonito seu poema e desta vez quero parabenizar Pedro também pela foto, que realmente faz jus a poesia.
Um abraço carinhoso aos dois,
Dalinha

lichazul disse...

noto pesares y penares
muy bien plasmados en estas sombras que ocultan el horizonte

será que vivimos entre lo claroscuro de la emotividad??

Un abracito de luna

Sonia Schmorantz disse...

"Conte a sua história ao vento,
Cante aos mares para os muitos marujos;
cujos olhos são faróis sujos e sem brilho.
Escreva no asfalto com sangue,
Grite bem alto a sua história antes que ela seja varrida na manhã seguinte pelos garis.
Abra seu peito em direção dos canhões,
Suba nos tanques de Pequim,
Derrube os muros de Berlim,
Destrua as catedrais de Paris.
Defenda a sua palavra,
A vida não vale nada se você não
viver uma boa história pra contar."
(Pedro Bial)

Na impossibilidade de entrar em detalhes, como eu gostaria imensamente como todos amigos que tenho, venho trazer um pouco de poesia e desejar que seu domingo, sua nova semana seja de mil cores, que tenhas muitas alegrias!

Um abraço

Sônia

FERNANDINHA & POEMAS disse...

QUERIDO AMIGO GIL... SUBLIME!!!
ABRAÇOS DE CARINHO,
FERNANDINHA

Belkis disse...

la sombra es una región de oscuridad donde la luz es obstaculizada. No dejes que te opaquen tu luz. Un fuerte abrazo

Alicia Abatilli disse...

Sombras y luces, sabes dibujarlas.
Un abrazo.
Alicia

BAR DO BARDO disse...

Me senti no cine fantasia.

Em solidão com os meus...

Fernando Santos (Chana) disse...

Olá amigo, bela fotogradia...belo poema...Espectacular....
Um abraço

Angela Ladeiro disse...

Se o poema é triste, é belo também. As fotos como sempre são originais. Bem enquadrados os dois temas

lichazul disse...

victor

muchas gracias por dar luces
un abracito de sol
que tengas un día precioso

Liliana Lucki disse...

El viento y la tristeza...

Siempre juntas,en mi.

Muy bello,auque triste.

Saluda desde Argentina Liliana.

Geni (Maria Eugenia) disse...

Hermoso aunque triste poema. Mezcla de añoranza y melancolia, lagrimas que se lleva el viento.
Preciosa la fotografia.
Un beso me gusto lo que vi en tu blog volveré.

Unknown disse...

E as sombras se mantém nas nossas vidas, umas vezes tristes, outras queridas!

Beijinhos,
Ana Martins

Sonia Schmorantz disse...

Obrigado pela visita, sinto falta dos amigos quando não vêm!
Linda quinta-feira
um abraço

José Carlos Brandão disse...

Uma linda sombra nas mãos do tempo. A árvore, como uma mãe, dá sombra ainda. Delicado e belo poema.

Um grande abraço.

M.C.L.M disse...

Belíssimo poema! Como todos que ví por aqui! Parabéns, escrita ímpar.