sábado, 13 de fevereiro de 2010

A Saudade

 


Onde quer que viva a saudade,
vou levar-te no meu peito,
violar as janelas indiscretas que me espiam,
urdir uma teia de cortinas,
quebrar os vidros,
voar sobre os telhados.

Sem ter os teus seios,
os teus braços,
sem que o teu corpo me acoite.
Mas por fim regresso sempre aqui,
seduzido pelas luzes da noite,
sentindo a vertigem dos gritos da cidade.

Enquanto os meus olhos voam,
para lá,
para onde mora a saudade.


Texto: Victor Gil 
Fotografia: Pedro Gil

43 comentários:

Hugo Flores disse...

Desde já quero felicitar-vos pelo excelente blogue que criaram, e infelizmente só agora descobri.

Fascina-me a relação entre as duas formas de poesia. A da imagem e da palavra, ambas discursos da realidade. A sua proeminente relação é sábia.

não sei se conhecem, mas aqui fica um livro, muito português, que também muito sabiamente juntou palavra imagem e muita ternura..
"Lisboa, cidade triste e Alegre" de Victor Palla e Costa Martins

http://ag.fba.up.pt/arquivo.php?a=4

Elaine Barnes disse...

Ah, as janelas...Me arrepiei amigo! Ir pra onde mora a saudades, nossa, lindo de viver! A poesia passeia pelas tuas veias seduzida pelo caminho que leva ao teu coração. Amei! Montão de bjs, abraços e bom carnaval

Unknown disse...

Un bel particolare....

Vito

Branca disse...

...vou para onde mora a saudade, vou ao encontro do meu coração...

Quanta beleza Victor! Encantada com sua poesia...sempre!

Bom domingo e bom carnaval! Bjo carinhoso!

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu querido Victor
Lindissimo poema como sempre.

Enquanto os meus olhos voam,
para lá,
para onde mora a saudade.


Adorei.

Beijinhos
Sonhadora

angela disse...

Sempre se volta para onde esta a saudade, e a saudade nunca esta no nosso aconchego.
beijo

Mª Angeles B. disse...

Quiero felicitarte por la bella foto esta muy bien vista y con muy buen procesado.

Un poema de lujo.

Besos

Alondra disse...

Mi estimado amigo desde este lado del río también la saudade está en nuestros genes...
La fotografía es como esa casa de nuestra infancia: idealizada pero con las arrugas del tiempo.
Un abrazo hecho de palabras y lleno de afecto.

RosanAzul disse...

Querido GIl,
Sabemos que estamos sempre onde está o nosso pensamento e esta é a melhor parte da saudade; são as Asas de Liberdade que possui, levando sempre juntamente ao nosso pensamento para o lugar aonde se encontra com as janelas escancaradas da casa dos sonhos o nosso coração...
Lindo como sempre tudo que escreves!!
Parabéns pelo belo poema.
Feliz Domingo!
Meu carinho, beijos
RO

Andradarte disse...

Bonito poema, mas a foto é linda.
Belo pormenor.
Abraço

António Gallobar - Ensaios Poéticos disse...

Simplesmente fantastico o poema e a fotografia que é muito boa, parabens amigo Victor

Abraço

Sônia Brandão disse...

Essa saudade doída, que inquieta a todos e que você expressa tão bem em seu poema.

bjs

José Carlos Brandão disse...

A saudade mora nos corações apaixonados.
Um grande abraço, Victor Gil.

M.C.L.M disse...

"Enquanto os meus olhos voam,
para lá,
para onde mora a saudade."

Lindo poema, como sempre tudo que escreves com inspiração singular.

abs,

Márcia

Maria Clara disse...

Mais um poema lindo, tal como tantos outros, que já li aqui neste cantinho maravilhoso.
Espero que esteja aproveitar a reforma duma maneira agradavel por aqui nas nossas Beiras.
Um beijinho meu amigo.

Unknown disse...

Mais uma vez, uma parceria que resultou em pleno.
É sempre um prazer poisar por aqui.

Unknown disse...

Saudades é o que senti de fica um bom tempo sem ler uma poesia sua Victor. Voltou com todo gáz. Obrigado pela maravilha de saudades.

Abraços

Belkis disse...

La nostalgia es tener la plena certeza de que la felicidad estuvo alguna vez en tus alas y se fue, pero nunca es tarde para recomenzar. Hermoso poema. Bella foto. Un abrazo muy grande Víctor

Fernando Santos (Chana) disse...

Caro amigo, bela fotografia...belo poema...Espectacular....
Um abraço

Hellag disse...

excelente a foto com o realce encarnado do lençol, resultou em pleno e claro, o poema a acompanhar

Elaine Barnes disse...

Tá td bem com vc amigo?Sumiu! Espero que esteja ótimo. Deixo aqui meu abraço

tulipa disse...

Neste momento tenho dores na alma, mas...lendo-te, sentindo-te por perto, algumas dores vão aliviando.

Não serão estas dores de quem ama a escrita, todas iguais?
E, as dores de quem ama alguém, serão mais acutilantes?
Talvez...ou nem tanto!!!

Não me divido entre a poesia e o mar. Fico com os dois, preciso de ambos para respirar!

E eu quero AMAR, ser amada e construir à minha volta tudo o que o AMOR me der.

Belkis disse...

Víctor, acabo de complacerte dejando un intento de poema en mi espacio. Ya sabes que yo no soy poeta, sólo que de vez en cuando me surgen cosillas.... del fondo de mi alma. Un abrazo muy grande y feliz fin de semana

Belkis disse...

Gracias Víctor por tu visita. Como sé que eres un amante de la poesía, te quiero invitar a ti y a los que te siguen a conocer a un gran poeta. Seguro que quedarás prendado de sus letras: http://www.azpeitia-aleph.com/
Un abrazo muy grande!!!

Sonia Schmorantz disse...

Esse poema é muito bonito, gosto de reler.
Um abraço, espero que estejas bem, tenha ótima semana

nydia bonetti disse...

Tão belo, mas tão triste Victor... E a foto, como sempre perfeita. Abraços.

www.pedradosertao.blogspot.com disse...

Coisas que combinam bem: palavras, janelas e imagens serenas! Parabéns pelo blog!

Unknown disse...

Victor

Deixar nos levar para onde mora a suadade é tudo de bom!
Lindo poema!

Bjs

Sílvia disse...

também procuro preencher o vazio outrora deixado e nunca partido. procuramos todos. muito bom poema :)

Eu disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Eu disse...

Victor... a mestria com a qual contruiste os versos encanta o meu coração.

Um abraço carinhoso

Maria Cristina Mestre disse...

Gostei de tudo o que vi e te tudo que li!

Elaine Barnes disse...

Obrigada pelo elogiu. Dizem que sou simpática rs...As vezes sou chata também,mas, procuro levar a vida vendo o lado bom de tudo que acontece.O davi é sim simpático demais amigo, naturalmente sorridente, até com tosse ele ri. Um anjinho mesmo.Montão de bjs e abraços sorridentes

Belkis disse...

Hola amigo, hace mucho que no publicas y estoy preocupada por ti. Espero que no te ocurra nada malo. Quiero leer algo de ti.
Besitos

NUMEROLOGIA E PROSPERIDADE disse...

Nossa, Vitor. Que linda fotografia. Adoro imagens assim. Combinou com o escrito.
FOI DESSE JEITO QUE EU OUVI DIZER... deseja uma boa semana para você.
Saudações Florestais !

TERE disse...

Parabéns pela imagem e pelo poema.

Tenho estado sem hipótese de vir muito aos blogues mas mesmo que não comente visito algumas vezes.

Bjs

Imagem e Poesia disse...

Gostei muito das imagens e adorei os escritos. Já estou a te seguir.

Beijos

Dalinha Catunda disse...

Olá Gil

Você sumiu dos blogs
Eu tive a necessidade,
De bater minhas asas,
Rumo a minha saudade.
Aqui deixo meu carinho,
e volto para meu ninho
Desejando felicidade.

Dalinha Catunda

Gordinha disse...

Muito belo poema. Mas afinal de contas onde será que mora a saudade, no coração dos aflitos ou dos que têm necessidade?

Tais Luso de Carvalho disse...

Olá, Gil, Esse seu belo poema me fez pensar na palavra ‘saudade’.

Se você perguntar para alguém qual é a palavra mais linda na língua portuguesa lhe dirão que é SAUDADE... É melodiosa, encanta. Porém quando a sentimos dói tanto! Dói por sua ausência: seja dos vivos - que pode ser temporária, seja de um amor perdido - que esqueceremos. Mas saudades dos que se foram é uma dor sem solução. Ainda não descobri porque é tão bela a saudade... Parece ser a musa inspiradora dos poetas.

Beijos, amigo.
Tais Luso

Belkis disse...

Hola amigo, vengo a dejarte un saludo. Hace mucho que no publicas.
Te pasa algo???

Dedinha Ramos disse...

Duas coisas maravilhosas: a saudade e essa foto de casa antiga, acho lindo esse tipo azulejo, e construções antigas. Lindo Poema!

Maria Cristina Mestre disse...

Uma boa ligação entre o poema e a foto! Um poema com muito sentimento.
Bjn